A indústria florestal tem evoluído em muitos aspectos e adaptado seus processos às novas exigências do mercado. Neste percurso, passou a converter resíduos florestais que antes eram considerados um passivo ambiental em fonte de geração de energia renovável.
A Lei Complementar nº 233/2005 que dispõe sobre a política florestal e também versa sobre a reposição florestal, acompanhada da Instrução Normativa Sema nº 06/2022, marcou uma mudança significativa, pois os resíduos florestais que costumavam ser queimados a céu aberto após a supressão vegetal, passaram a ser aproveitados e transformados em bioenergia.
Um exemplo notável é a indústria Madfreitas, localizada em Nova Maringá (MT), que adotou o direcionamento dos resíduos para a geração de energia. Desde a instalação de um picador em 2007 esses resíduos têm sido destinados a outras grandes indústrias, incluindo a produção de etanol de milho e cana, como Inpasa, FSC, Libra, além da Votorantim Cimentos.
O estudo detalhado realizado pela Sema, e com o apoio do Cipem sobre o Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV) se mostrou fundamental para viabilizar projetos de manejo florestal sustentável. Aproveitar os tocos, raízes e galhos promove um uso mais completo e equilibrado dos recursos florestais.
Resíduos de serrarias e da colheita de madeira, que antes eram descartados a céu aberto, se tornaram um produto importante, tanto para as indústrias de base florestal, como para outras empresas que o adquirem com a finalidade de geração de energia.
É crucial enfatizar que a demanda por esse produto da madeira nativa continua crescendo em Mato Grosso, criando oportunidades promissoras para a indústria florestal. Nesse contexto, o valor equivalente ao total produzido em 2022 superou os volumes anuais anteriores (2020 e 2021), conforme levantamento realizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) com base nos indicadores reunidos pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a partir de série histórica iniciada em 2015. No ano passado, foram faturados R$ 310,1 milhões com a produção anual de 3,5 milhões de metros cúbicos (m3), representando alta anual de 119,53%.
Diante da alta demanda, é imperioso que o órgão ambiental licenciador estabeleça procedimentos com prazos de análise condizentes com a realidade dos empreendimentos que produzem biomassa para geração de energia, pois estes possuem processos e tempos diferentes, muito mais curtos em relação ao manejo. Caso o corpo técnico do órgão ambiental competente não consiga ajustar o atendimento aos prazos demandados pelo mercado consumidor, outras indústrias serão penalizadas, principalmente aquelas de base florestal.
Ednei Blasius é presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).
A Lei Complementar nº 233/2005 que dispõe sobre a política florestal e também versa sobre a reposição florestal, acompanhada da Instrução Normativa Sema nº 06/2022, marcou uma mudança significativa, pois os resíduos florestais que costumavam ser queimados a céu aberto após a supressão vegetal, passaram a ser aproveitados e transformados em bioenergia.
Um exemplo notável é a indústria Madfreitas, localizada em Nova Maringá (MT), que adotou o direcionamento dos resíduos para a geração de energia. Desde a instalação de um picador em 2007 esses resíduos têm sido destinados a outras grandes indústrias, incluindo a produção de etanol de milho e cana, como Inpasa, FSC, Libra, além da Votorantim Cimentos.
O estudo detalhado realizado pela Sema, e com o apoio do Cipem sobre o Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV) se mostrou fundamental para viabilizar projetos de manejo florestal sustentável. Aproveitar os tocos, raízes e galhos promove um uso mais completo e equilibrado dos recursos florestais.
Resíduos de serrarias e da colheita de madeira, que antes eram descartados a céu aberto, se tornaram um produto importante, tanto para as indústrias de base florestal, como para outras empresas que o adquirem com a finalidade de geração de energia.
É crucial enfatizar que a demanda por esse produto da madeira nativa continua crescendo em Mato Grosso, criando oportunidades promissoras para a indústria florestal. Nesse contexto, o valor equivalente ao total produzido em 2022 superou os volumes anuais anteriores (2020 e 2021), conforme levantamento realizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) com base nos indicadores reunidos pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a partir de série histórica iniciada em 2015. No ano passado, foram faturados R$ 310,1 milhões com a produção anual de 3,5 milhões de metros cúbicos (m3), representando alta anual de 119,53%.
Diante da alta demanda, é imperioso que o órgão ambiental licenciador estabeleça procedimentos com prazos de análise condizentes com a realidade dos empreendimentos que produzem biomassa para geração de energia, pois estes possuem processos e tempos diferentes, muito mais curtos em relação ao manejo. Caso o corpo técnico do órgão ambiental competente não consiga ajustar o atendimento aos prazos demandados pelo mercado consumidor, outras indústrias serão penalizadas, principalmente aquelas de base florestal.
Ednei Blasius é presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).