Por: Assessoria Cipem
Começa nesta quinta-feira (19) e prossegue até sábado (21) o 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia. Localizado no bioma amazônico, o município de Alta Floresta, a 803 quilômetros ao norte de Cuiabá, sedia o evento. Durante 3 dias, 40 participantes irão trocar experiências e atualizar informações para aprimorar a gestão florestal. A maioria dos inscritos são profissionais que atuam direto no campo, como os mateiros.
Organizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o encontro inédito será realizado no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), após mudança de local.
Fortalecer a rede de identificadores de árvores ajuda a aprimorar a coleta botânica e de madeira, bem como os inventários florestais, promovendo práticas florestais mais sustentáveis e eficientes, observa o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Em Mato Grosso, a produção madeireira baseada na extração vegetal é realizada a partir de técnicas de manejo florestal, estabelecido na Amazônia há mais de 50 anos.
Atualmente Mato Grosso detém 5,020 milhões de hectares de florestas nativas, contidas em áreas de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), com potencial para chegar a 6 milhões (ha). Por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é possível administrar as florestas em sinergia com a conservação ambiental, ao equilibrar a colheita de espécies arbóreas adultas devidamente autorizadas pelos órgãos ambientais competentes. Com o planejamento e colheita seletiva das espécies arbóreas autorizadas fica assegurado que a capacidade de regeneração da floresta não será comprometida. O manejo florestal envolve o monitoramento contínuo das condições da floresta e a avaliação da eficácia das práticas de manejo implementadas.
Neste processo, a identificação de árvores nativas é fundamental, possibilitando distinguir as diferenças entre as espécies, como cor, padrão e textura da madeira. Também são observadas densidade e resistência à compressão, características celulares e anatômicas da madeira, com ajuda de microscópios e outras ferramentas tecnológicas, como espectroscopia de infravermelho e imagens digitais.
Frequentemente, porém, são observados erros nas listas de nomes científicos com inclusão de árvores que não existem no bioma amazônico e até nomes de outras espécies, como arbustos e ervas, associados a volumes de madeira, explica o presidente do Cipem. “Este problema tem sido relativizado devido ao baixo número de profissionais capacitados no reconhecimento das espécies, bem como pela ausência de protocolos e regulamentações que permitam melhorar ou eliminar tais falhas”, afirma.
Blasius observa que para evitar práticas equivocadas de reconhecimento de espécies arbóreas, que continuam sendo nomeadas por nomes vulgares aos quais são associados nomes científicos de maneira imprecisa, foi iniciado em 2023 o projeto “Espécies Arbóreas Mais Comercializadas do Estado de Mato Grosso”. A ação visa a aplicação de nomes vulgares às árvores comerciais, orientando a correta atribuição de nomes científicos com base no reconhecimento das características morfológicas das espécies. A ação tem sido executada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) juntamente com a Universidade do Estado de Mato (Unemat).
Como parte do projeto, foi realizado em maio deste ano o 1º Curso de Identificação Botânica e de Anatomia da Madeira em uma área de manejo florestal localizada no município de Nova Monte Verde, no extremo norte do Estado. Ao todo, 23 profissionais que trabalham com reconhecimento de espécies arbóreas participaram do evento. A partir deste curso, foi possível perceber a necessidade de continuar com a capacitação profissional para garantir a melhoria na identificação das espécies.
“A floresta é um sistema que envolve diversas relações e interações ecológicas entre os diferentes elementos naturais - flora, fauna, solos, água e clima - que a compõe. Neste sentido, o manejo florestal parte desse conhecimento para que seja possível a obtenção de produção com o mínimo de impacto ao funcionamento desse sistema, quando não é possível prever ações para mitigar”, completa a engenheira florestal, pesquisadora e diretora do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Gracialda Ferreira.
Programação
No 1º dia do evento os participantes deverão entregar amostras de espécies arbóreas coletadas, que serão avaliadas por um corpo de jurados composto por 14 profissionais experientes da área florestal.
Na sexta-feira, 20, às 8h, será realizada a abertura oficial do 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia, no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Em seguida, serão realizadas palestras e uma mesa-redonda com o tema "A importância da coleta na aplicação do conhecimento botânico e na gestão florestal".
O encerramento ocorrerá no sábado, 21, com um torneio onde serão testados os conhecimentos e habilidades dos profissionais na identificação de árvores
Começa nesta quinta-feira (19) e prossegue até sábado (21) o 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia. Localizado no bioma amazônico, o município de Alta Floresta, a 803 quilômetros ao norte de Cuiabá, sedia o evento. Durante 3 dias, 40 participantes irão trocar experiências e atualizar informações para aprimorar a gestão florestal. A maioria dos inscritos são profissionais que atuam direto no campo, como os mateiros.
Organizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o encontro inédito será realizado no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), após mudança de local.
Fortalecer a rede de identificadores de árvores ajuda a aprimorar a coleta botânica e de madeira, bem como os inventários florestais, promovendo práticas florestais mais sustentáveis e eficientes, observa o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Em Mato Grosso, a produção madeireira baseada na extração vegetal é realizada a partir de técnicas de manejo florestal, estabelecido na Amazônia há mais de 50 anos.
Atualmente Mato Grosso detém 5,020 milhões de hectares de florestas nativas, contidas em áreas de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), com potencial para chegar a 6 milhões (ha). Por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é possível administrar as florestas em sinergia com a conservação ambiental, ao equilibrar a colheita de espécies arbóreas adultas devidamente autorizadas pelos órgãos ambientais competentes. Com o planejamento e colheita seletiva das espécies arbóreas autorizadas fica assegurado que a capacidade de regeneração da floresta não será comprometida. O manejo florestal envolve o monitoramento contínuo das condições da floresta e a avaliação da eficácia das práticas de manejo implementadas.
Neste processo, a identificação de árvores nativas é fundamental, possibilitando distinguir as diferenças entre as espécies, como cor, padrão e textura da madeira. Também são observadas densidade e resistência à compressão, características celulares e anatômicas da madeira, com ajuda de microscópios e outras ferramentas tecnológicas, como espectroscopia de infravermelho e imagens digitais.
Frequentemente, porém, são observados erros nas listas de nomes científicos com inclusão de árvores que não existem no bioma amazônico e até nomes de outras espécies, como arbustos e ervas, associados a volumes de madeira, explica o presidente do Cipem. “Este problema tem sido relativizado devido ao baixo número de profissionais capacitados no reconhecimento das espécies, bem como pela ausência de protocolos e regulamentações que permitam melhorar ou eliminar tais falhas”, afirma.
Blasius observa que para evitar práticas equivocadas de reconhecimento de espécies arbóreas, que continuam sendo nomeadas por nomes vulgares aos quais são associados nomes científicos de maneira imprecisa, foi iniciado em 2023 o projeto “Espécies Arbóreas Mais Comercializadas do Estado de Mato Grosso”. A ação visa a aplicação de nomes vulgares às árvores comerciais, orientando a correta atribuição de nomes científicos com base no reconhecimento das características morfológicas das espécies. A ação tem sido executada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) juntamente com a Universidade do Estado de Mato (Unemat).
Como parte do projeto, foi realizado em maio deste ano o 1º Curso de Identificação Botânica e de Anatomia da Madeira em uma área de manejo florestal localizada no município de Nova Monte Verde, no extremo norte do Estado. Ao todo, 23 profissionais que trabalham com reconhecimento de espécies arbóreas participaram do evento. A partir deste curso, foi possível perceber a necessidade de continuar com a capacitação profissional para garantir a melhoria na identificação das espécies.
“A floresta é um sistema que envolve diversas relações e interações ecológicas entre os diferentes elementos naturais - flora, fauna, solos, água e clima - que a compõe. Neste sentido, o manejo florestal parte desse conhecimento para que seja possível a obtenção de produção com o mínimo de impacto ao funcionamento desse sistema, quando não é possível prever ações para mitigar”, completa a engenheira florestal, pesquisadora e diretora do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Gracialda Ferreira.
Programação
No 1º dia do evento os participantes deverão entregar amostras de espécies arbóreas coletadas, que serão avaliadas por um corpo de jurados composto por 14 profissionais experientes da área florestal.
Na sexta-feira, 20, às 8h, será realizada a abertura oficial do 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia, no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Em seguida, serão realizadas palestras e uma mesa-redonda com o tema "A importância da coleta na aplicação do conhecimento botânico e na gestão florestal".
O encerramento ocorrerá no sábado, 21, com um torneio onde serão testados os conhecimentos e habilidades dos profissionais na identificação de árvores