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Workshop aborda impactos da identificação de espécies na cadeia produtiva da madeira e na conservação florestal

Publicado em 27 de Março de 2024
Por: Assessoria Simenorte

Realizado no dia 26 de março, terça-feira, no auditório do Museu de História Natural da Unemat, Campus Alta Floresta, o Workshop "Impactos da Identificação Incorreta de Espécies na Cadeia Produtiva da Madeira e na Conservação da Floresta" teve como propósito discutir o problema, apresentar recomendações e definir estratégias com todos os envolvidos na cadeia produtiva da madeira.
De acordo com a professora doutora da Unemat, Campus Alta Floresta, Célia Regina Araújo Soares, este momento aproxima os atores. "Hoje, estão presentes a academia e a cadeia produtiva. É um momento importante para discutir os problemas e como mudar o processo, onde o plano de manejo se destaca como a melhor forma de sustentabilidade", afirmou.
Camila Bez Batti, Coordenadora do Desenvolvimento Florestal da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (SEDEC), ressalta a importância de participar deste encontro para compreender as necessidades do mercado e o processo envolvido. "Hoje foi possível identificar a real importância dessa pesquisa financiada pelo REM Mato Grosso. Observo a necessidade de levar o conhecimento para os engenheiros florestais, os responsáveis pela identificação", destacou.
O Programa REDD Early Movers (Programa REM MT) opera em Mato Grosso desde 2017, após o estado reduzir o desmatamento ilegal em 90% por 10 anos. O programa beneficia aqueles que contribuem com a conservação da floresta, como agricultores familiares, comunidades tradicionais, produtores rurais sustentáveis e povos indígenas. Além disso, estimula práticas agrícolas de baixo carbono e a redução do desmatamento para diminuir as emissões de CO2 no planeta.
Para Tatiana Paula Marques de Arruda, superintendente de Gestão Florestal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a participação da academia é crucial. "Ela traz respaldo técnico e científico na identificação botânica dos planos de manejo, garantindo a biodiversidade das florestas de Mato Grosso e a segurança na identificação das espécies em toda a cadeia produtiva", explicou.
Além disso, a superintendente enfatiza que, juntamente com uma identificação mais precisa das essências mais comercializadas no Estado, será garantido um banco de dados mais preciso para o sistema de licenciamento, destacando os investimentos da Sema na melhoria de seus serviços online, como o SisFlora 2.0.
Ednei Blasius, presidente do Cipem e Simenorte, considera o workshop um momento crucial para discutir os impactos da identificação das espécies arbóreas. "Estamos aqui para entender os estudos em andamento, as espécies vulneráveis, ameaçadas de extinção e comerciais, bem como a correlação entre seus nomes vulgares e científicos. Essa comunicação entre os entes envolvidos é fundamental, assim como a oportunidade de expressar nossas opiniões e contribuir com ideias", concluiu.
O evento contou com palestras e mesa-redonda, proporcionando amplo espaço para debates com o objetivo de orientar sobre os melhores caminhos e corrigir erros na identificação das essências