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Nota pública de repúdio

Publicado em 06 de Junho de 2022
O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM), enquanto entidade representativa do setor florestal organizado, vem a público por meio desta nota manifestar repúdio às alegações constantes em publicações replicadas massivamente, em diversos veículos noticiosos, nas quais aponta-se, caluniosamente, a participação de “madeireiros” em protestos contra a atuação de órgãos ambientais públicos de comando e controle em diligência realizada no distrito do Guariba, localizado em Colniza-MT. 

A priori, faz-se válido pontuar que a atividade madeireira, apoiada na legislação vigente, desempenha um importante papel na base da economia local, levando em consideração que gera milhares de empregos diretos e indiretos e produz uma receita próxima de R$500 milhões, por meio de uma atividade lícita e que preza pela conservação da floresta nativa. Esta e outras informações podem ser consultadas no artigo de autoria do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO), publicado em setembro de 2021.

Nesse sentido, não compactuamos com a exploração ilegal de madeira ou quaisquer outros crimes ambientais, por isso, ressaltamos a relevância do combate aos delitos ambientais e, de igual forma, avalia-se reprovável a reprodução do discurso que caracteriza o madeireiro, genericamente de uma forma pejorativa como responsável pela depredação ambiental, uma vez que há por meio deste, a anulação das contribuições sociais, ambientais e econômicas do setor florestal ao passo em que os empreendimentos idôneos são igualados àqueles em que são identificados delitos ambientais.

No caso específico da publicação referenciada, a Operação Cedif, conduzida em esfera estadual com o intuito de combater crimes ambientais, teria mobilizado os invasores e grileiros da região em um protesto contra a ação fiscalizadora.

Dessa forma, é possível depreender que na realidade, os manifestantes tratam-se de grileiros e não de madeireiros, uma vez que por lei, é proibida a exploração de madeira no âmbito da Reserva Guariba-Roosevelt. Os ilícitos identificados foram cometidos por indivíduos que não possuem vínculo com o setor florestal organizado e que ao verificarem a presença de agentes ambientais, fugiram do local.

Manejo Florestal Sustentável

A atividade florestal, em sua integridade, dispõe de um complexo arcabouço legal, no qual defende-se a sustentabilidade da produção florestal por meio do Manejo Florestal Sustentável (MFS), atividade econômica de colheita florestal seletiva, por meio da retirada de espécies maduras autorizadas e previamente selecionadas e que emprega técnicas de impacto reduzido. No Manejo Florestal, retira-se apenas 12% dos indivíduos, conservando outros 88%, possibilitando a perenidade das florestas. 

Por isto, reforçamos sempre que o nosso lema é “A madeira é nosso negócio. Manter a floresta viva é nossa missão”.