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Parceria com Embrapa deve impulsionar estudos de Manejo Florestal

Publicado em 06 de Abril de 2021
O Cipem se reuniu com representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da unidade Embrapa Florestas, na manhã de quinta-feira (01.04) para dialogar sobre pesquisas florestais. A reunião ocorreu de modo remoto e teve como pauta central a definição das próximas etapas para os estudos de Manejo Florestal e também, de elaboração de projetos que incentivem e deem maior visibilidade à prática e aos trabalhos derivados dela e dos respectivos estudos.

Um dos assuntos que nortearam a reunião foi o estudo de Manejo Florestal Sustentável (MFS) do Ipê, que será utilizado como modelo para desenvolver MFS de outras espécies florestais autorizadas. Para isso, os participantes discutiram sobre a condução deste estudo, desde a metodologia empregada, à divulgação dos resultados e o encaminhamento para o Jardim Botânico. Outro ponto discutido foi sobre a necessidade de estruturar as questões burocráticas que envolvem os estudos sobre manejo florestal, para que os resultados sejam validados pelos órgãos ambientais competentes.

Nesse sentido, a parceria firmada entre Cipem e Embrapa objetiva apresentar à sociedade, o manejo florestal como atividade sustentável e essencial. Outro objetivo é o de fomentar a revisão e modernização de normas que regulam a atividade. Rafael Mason, presidente do Cipem, agradeceu a parceria e reafirmou o compromisso em programar novas agendas técnicas para evoluir no conceito de produzir e conservar. “O Cipem, Sindusmad juntamente com os demais Sindicatos Empresariais da base florestal de Mato Grosso reforçam seu compromisso com a floresta”, afirmou.

Conforme apontou a Embrapa, não há forma mais eficaz de garantir a proteção às florestas, do que o aumento de áreas manejadas em todo País. Pois é o único uso do solo que não remove a cobertura florestal. Dessa forma, as próximas ações estabelecidas em conjunto, durante a reunião, consistem em somar esforços para ampliar os estudos e prática de MFS. São elas: Realizar agenda com o Jardim Botânico; solicitar e delimitar área para estudos de Manejo Florestal, definindo de 2 a 3 empresas que manejam Ipê, para serem amostradas; identificar proprietários para solicitar permissão de realização dos estudos; efetuar estes levantamentos com o apoio do CIPEM; verificar a disponibilidade das imagens das propriedades pelo estado;  Planejar visita do Pesquisador Evaldo Muñoz Braz, responsável por gerenciar os estudos; desenvolver demonstrativo parcial do que foi executado no estudo de MFS do Ipê entre os dias 5 e 9 de abril e, identificar as principais demandas do setor para novos ajustes e pesquisas.

A ampliação das pesquisas em torno do Manejo Florestal contribui diretamente para a continuidade e aprimoramento da atividade respeitando a legislação. Outro ponto é que, aprofundar no tema, também auxiliará na desconstrução de conceitos errôneos preestabelecidos e que prejudicam o setor, como a associação da produção florestal com o desmatamento, por exemplo. Assim, o Cipem entende que se faz essencial a continuidade da parceria firmada com a Embrapa para executar esta importante tarefa com a manutenção da floresta em pé e a sociedade.

EMBRAPA FLORESTAS

A unidade Embrapa Florestas foi criada em 1978, e desde então, disponibilizou um número significativo de tecnologias ao setor florestal brasileiro. Estas tecnologias resultam em melhor eficiência produtiva, pela redução dos custos de produção, e aumento da oferta de produtos florestais, ao mesmo tempo em que conserva o meio ambiente.

Para realizar todo esse trabalho e contribuir para o desenvolvimento florestal sustentável, a Embrapa Florestas atua de forma cooperativa com Universidades, Instituições Estaduais de Pesquisa, Empresas de Assistência Técnica e de Extensão Rural, Organizações Não-Governamentais, Empresas e Associações do Setor Privado, Poder Púbico, Instituições Internacionais, Produtores e suas Associações, Cooperativas, entre outros parceiros.

Sua equipe é altamente especializada, composta por pesquisadores, analistas, técnicos e assistentes, contando também com a colaboração de bolsistas e estagiários, permitindo o desenvolvimento de tecnologias de ponta, voltadas para todas as fases do manejo florestal.

 

Texto: Giovana Giraldelli